sexta-feira, 23 de março de 2012

A cigana



O Zezinho Ponte nos conta que o Seu Aurélio estava na porta da loja, como de costume, lendo concentradamente seu jornal. Aí, de repente, apareceu uma cigana que lhe interrompeu, em tom imperativo, indagando:

- Seu Aurélio, deixa eu ler sua mão?

Sem pestanejar, Seu Aurélio condicionou:

- Deixo, se você ler o que está escrito aqui. – Apontando para a manchete do jornal, à mão.

A cigana deu meia volta e revoltada bradou:

- Ah, bom, homi! Assim cê quer demais! – E saiu jogando praga pra tudo quanto era lado.

(Foto: Acervo Zezinho Ponte)

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