segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Churrasco de rodízio


O começo...

Apesar de não se conseguir precisar com exatidão, o churrasco de rodízio surgiu na região Sul do Brasil ao longo dos anos 1960. Principiou às margens das rodovias, ao lado dos postos de combustível, para atrair os caminhoneiros.

Depois de três décadas, já se espalhava pelas principais cidades do país. Só em São Paulo, por exemplo, existem entre 68 e 70 casas, que oferecem churrasco à vontade, a preços que variam de 29 à 84 reais por pessoa.

O meio...

No início, a comida chegava às mesas em bandejas e era trocada antes de esfriar. No entanto, uma versão popular sustenta que o "espeto corrido" surgiu por uma necessidade de momento. Com a casa lotada, a churrasqueira trabalhava no limite, os garçons não davam conta de atender aos muitos clientes e, diante dessas dificuldades, os patrões interromperam os envios de espetos às mesas e determinaram dividi-los entre elas. Assim, teria começado o rodízio.

Em muitas churrascarias, por algum tempo, o sistema de serviço era à la carte. Alguns espetos de carne eram fincados em cilindros altos de madeira ou plástico, nas mesas, para o próprio cliente se servir. Inicialmente, as toalhas eram de papel, os pratos baratos de vidro resistente e as guarnições em bandejas de metal.

E o fim.

Nos anos 1970, melhorou a qualidade  do estilo e, variado e farto, começou o buffet. Dez anos depois, apareceu a “bolachinha” vermelha e verde, com a qual o cliente mostra se quer ser servido ou não. Da mesma forma, os cortes se multiplicaram.

Nas melhores churrascarias, austeras regras de etiqueta a respeito da vestimenta de gaúcho e inclusive a maneira de se conduzir o espeto ao salão, fizeram-se valer. O passador deve empunhá-lo verticalmente, com o bico e o pratinho que a protege na altura da cintura. Os relapsos deixam de ter direito à caixinha do dia e a pena para os recidivos é o olho da rua.

(Fotos: Fernando Frota)

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