terça-feira, 6 de novembro de 2012

No tempo da jovem Auremir


Há uns quarenta anos, mais ou menos, Auremir foi presenteada com um rádio ABC, A Voz de Ouro, que o infante Ivaldo Bolinha havia sido premiado no Programa Augusto Borges, na antiga TV Ceará Canal 2. Ora, nada demais, pois a generosidade de Bolinha também já havia sido cometida com um relógio Citzen, de corda, semi-novo, para a Auremir, cheia de nove-horas, cheirando à namoro.


Bem postada de corpo, a faceira Auremir era charmosa que só, arrancava assobios e coiós da rapaziada da rua. Sem dúvida qualquer, era a doméstica mais desejada pela petizada e sonsos avelhantados da Aldeota. E quando ela passava e não dava confiança, ouvia-se do frustrado pretenso amante: “É mesmo uma mulher vadia... Não sabe nem se vestir sem ferir os princípios da doutrina cristã!”. Pois, tá...

Já, a Maria Paraíba era feia que dóia e ainda tinha os dentes negros. Júlia, Leni e a rechonchuda Bacorinha davam pra quebrar o galho, mas não formavam o primeiro time das colegas. Mesmo assim, bastavam aos fissurados - com quem as namoradinhas sovinavam carícias mais adiantadas - que, comumente, aliviavam-se em corvadia, enforcando-se em fantasias.

Mas, voltando ao Bolinha, diz o Valtinho que ele era tão dado às empregadas, chega o Juventude chegava longe, em segundo lugar! Isso, no tempo em que pino e sarro eram extremamente valorizados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário