segunda-feira, 9 de junho de 2014

Carteiras escolares


Lembro demais das carteiras escolares do Colégio Christus, onde me alfabetizei e cursei o primário. De madeira escura e encerada, cada uma delas acomodava um par de estudante. Com uma leve inclinação, o seu tampo possuía uma fenda para o repouso de lápis e dois recortes circulares para encaixe dos tinteiros, que no meu tempo não tinham serventia, pois as canetas já eram esferográficas. Abaixo do tampo, existia uma espécie de prateleira para guardarmos livros e cadernos. O assento era composto de réguas espaçadas e o encosto, à 90 graus, formado por uma única e larga peça.

Curiosamente, quando nos movíamos com maior intensidade, a carteira deslizava pelo chão da sala de aula, desalinhando o seu conjunto.

A despeito das proibições e intimidações de severos castigos, quase todo mundo registrava seu nome na madeira, talvez para marcar sua existência ou mesmo espantar o enfado das monótonas lições. Ora, ninguém gostava de estar recolhido em uma sala, quando lá fora o sol convidava todos para atividades mais simpáticas da infância que cópias, tabuadas ou ditados.

Daí, era esperar a Dona Núbia, com a sineta à mão, bater a hora do recreio ou do final do dia de aula.

Ah, ia me esquecendo, em uma outra oportunidade eu contarei sobre os ônibus do colégio, que tinha como um dos motoristas o Seu Domingos, também técnico de futebol da gente.

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