segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O bar do Seu Airton


Há muito tempo, coisa de uns trinta anos, creio, fui chamado a frequentar o bar do Seu Airton, pelo colega Romeu Duarte, pioneiro do lugar. Não sei por qual razão, mas nunca deu certo de eu ir lá, quando ainda era na Visconde de Mauá, salvo engano.

Tempos depois, quando inventei de ter um programa de televisão, convidei o Cláudio Pereira para uma entrevista. A gravação seria externa, assim, pedi para que o Pereira escolhesse um espaço. De pronto, ele indicou o bar do Seu Airton, “o de uma mesa só e que tem biblioteca”, como gostava de apresentá-lo.

Acatada a indicação do Pereira, estreei no bar do Seu Airton acompanhado de uma equipe de televisão. Confesso que no começo, ao chegar, me senti meio invasor do recinto, pois notei os frequentadores do bar estranhando aquela confusão toda dos preparativos de gravação. Mas, para a minha alegria, fui muito recebido por todos, com a surpresa de conhecer o simpático Seu Airton, que me diziam ser um idoso lungamente abusado.

Findada a gravação, logo principiei os trabalhos de boemia, tirando proveito daquela preciosa casa etílica-cultural, argentária de pessoas inteligentes e agradáveis.

Voltei ao bar do Seu Airton outras vezes. Menos, é claro, do que eu gostaria de ter voltado.

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