domingo, 31 de julho de 2016

Aldemir, Fagner e Laprovitera


Aldemir Martins Convida Raimundo Fagner e Laprovitera, Caesar Park Hotel, Fortaleza-CE, 1997. 

(Vídeo do acervo de Yuri Eduardo)

Setestrelo

Totonho Laprovitera - Setestrelo - 2015 - AST com aplicação de espinhos de mandacaru - 15,2 x 20,3 cm

O Setestrelo – também chamado pelos indígenas de Ceiuci – é a principal revelação do saber astronômico dos povos originais do Brasil. Para os índios brasileiros, sua aparição antes do nascer do sol indicava o chegar da primavera. 

Virgem, a jovem índia Ceiuci era mãe de Jurupari, gerado pelo sumo do curara-do-mato, escorrido pelo ventre dela. Por ser feiticeiro, o índio Jurupari foi escolhido por um guerreiro do sol para consertar os males do mundo – um deles era a dominação dos índios pelas índias. 

Depois de acabar com a autoridade das índias, Jurupari impôs diversos rituais proibidos às mulheres, ameaçando de morte a quem lhe desobedecesse. Mesmo sabendo do perigo, Ceiuci desobedeceu ao filho e brechou um desses cultos. Descoberta, pagou com a vida. 

Arrependido, Jurupari levou a mãe para o céu, onde Ceiuci virou sete estrelas, uma bem juntinha da outra. E assim despontou o Setestrelo.

sábado, 30 de julho de 2016

Alunas do Imaculada

Alunas nos anos 1960. Em pé: Antonieta Pinto e Augusta Dias Branco. Sentadas: Lygia Laprovitera, Betty Veloso e Goretti Câmara.

Fundado em 1865, o Colégio Imaculada Conceição é uma das escolas mais tradicionais de Fortaleza.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Constelações

Totonho Laprovitera - Constelação Calango Cego - 2015 - ASM com aplicação de espinhos de mandacaru - 45 x 60,5 cm.

Constelações
(Totonho Laprovitera)

Quando a cidade dorme,
vazia, madruga a rua 
no infindo azul escuro 
da calada noite fria

E eu, na solidão, 
com ideias me alumio, 
pensando naquele tempo 
em que o mar era sertão

As palavras seguem os riscos 
dos perigos do destino
Em segredo acendem luzes, 
lampejam constelações 

Durante incertos anos 
desenhei luas e as pintei 
Elas, hoje, toda noite, 
iluminam os sonhos meus!

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Artur Guedes


Cearense de Acopiara, Artur Guedes (1957-2006) foi um dos representantes da intelectualidade moderna do Ceará.

Formado em psicologia, em 1990, pela UFC, iniciou sua carreira artística ao cursar a Faculdade de Medicina na década de 1970, quando, influenciado pelo curso, escreveu as peças A Filha de Hipócrates, Ao Tirano com Amor e Labirinto. 

Na década de 1980, comandou diversos espetáculos, projetos e realizações em espaços alternativos. Adepto do satírico, do humor aguçado, da versatilidade e da experimentação, Artur também cometeu o roteiro do longa-metragem Os Habitantes da Lua e ganhou prêmio do Ministério da Cultura em 1998. 

Prematuramente, Artur Guedes morreu aos 49 anos.

(Foto: Rádio Universitária FM)

terça-feira, 26 de julho de 2016

Elze Quinderé

Diz a legenda "Elze Quindere, da Paraíba, inspiração para os poetas."

Apesar de ter sido Miss Paraíba 1975, a bela Elze Quinderé se destacava muito mais pelo seu encanto interior. 

Dizer de Elze, é lembrar na crença da beleza como dom de Deus, que está na simplicidade calma e serena do seu ser.

(Foto: Revista Fatos & Fotos)

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Arte pra que?!

Totonho Laprovitera vestindo o Parangolé, de Hélio Oiticica.

Quando me perguntam para que serve uma pintura, um desenho, uma escultura ou uma fotografia, eu respondo que para saber ver a arte é preciso saber enxergar a vida. Afinal de contas, a arte é o fio condutor da energia que nos leva à realização dos nossos sonhos e desejos.

Pois é, quem já leu um pouco sobre a história da humanidade, geralmente contada através da arte, certamente, compreende que a arte exerce uma extraordinária importância na evolução da espécie humana, desde seus primórdios. E, muito embora ainda engatinhando na busca de sermos humanos, é cometendo arte que havemos estabelecido distintas culturas, marcantes em nossas diversas civilizações. 

Atualmente, aqui em Fortaleza, tenho atinado para a ascensão da existência de pessoas com um significativo interesse pelas artes. É bem verdade que precisamos avançar mais na conduta de ações culturais, mas, é inegável a espontânea boa vontade dos que prestigiam as manifestações culturais e o aumento da ambiência de seus equipamentos em nossa cidade.

A agenda cultural de Fortaleza está se desenvolvendo na medida certa. Nossos artistas são numerosos em quantidade e talento. O que aqui possuímos é o que qualquer lugar do mundo inteligente sabe reconhecer para promover suas artes: artistas da melhor qualidade!

Sendo breve, creio que está para nos acontecer uma legítima virada cultural, onde as artes se estabelecerão em cada uma de suas expressões e ofícios. Daí, será quando, no mínimo, viveremos um universo alencarino bem mais bonito de ver e se viver.

(Foto: Elusa Laprovitera)

domingo, 24 de julho de 2016

O profeta da Internet

José de Alencar, o profeta da Internet.

No Diário do Rio de Janeiro, em 27 de maio de 1855, escreveu José de Alencar: “Tempo virá em que do obscuro gabinete do escritor a pena governará o mundo... Uma palavra que cair do bico da pena, daí a uma hora correrá o universo por uma rede imensa... Falando por milhões de bocas, reproduzindo-se infinitamente como as folhas de uma grande árvore.”

Cearense de Messejana, José Martiniano de Alencar (1829-1877) foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político, sendo um dos maiores representantes da corrente literária indianista brasileira. 

Era filho ilegítimo do padre José Martiniano Pereira de Alencar – mais tarde senador – e de sua prima D. Ana Josefina de Alencar. Irmão do barão de Alencar, sobrinho de Tristão Gonçalves, neto de Bárbara de Alencar e primo em segundo grau do Barão de Exu. 

Na carreira literária destacou-se ao publicar O Guarani, que obteve grande sucesso e inspirou ao músico Carlos Gomes a compor a ópera homônima ao romance. 

Escolhido por Machado de Assis, é patrono da Cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras.

sábado, 23 de julho de 2016

Fredericos


Reparando num quadro de Adolph Menzel (1850-1852), onde Frederico, o Grande, toca flauta em seu palácio de verão, o Sanssouci, com acompanhamento de Franz Benda ao violino, Carl Philipp Emanuel Bach ao teclado, e músicos de cordas não identificados, lembrei: Coincidentemente, dizem que, antigamente, na Fazenda Brito, pertim do distrito de Juá, em Irauçuba-CE, tinha um tal de Fred Galalau que tocava um pife medonho, mas, não tinha quem o acompanhasse, nem, muito menos, quem o pintasse.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Deus me fez artista


Deus me fez artista
(Totonho Laprovitera)

Desenhando a minha vida
e pintando os sonhos meus, 
em dia de criação, 
Deus me fez artista 

Traçou a minha voz, 
minha vista afinou
O meu gesto apurou, 
ideou meus pensamentos 

Ilustrou a minha história, 
escreveu o meu destino 
Inspirou-me de amor, 
me enviou para este mundo 

Deu-me olhos pra falar,
ouvidos para calar
Mãos pra enxergar,
deu-me boca pra calar

Do nada gerou o tudo 
e me deu pra eu viver:
Coração para pensar,
cabeça para amar!

(Foto: Elusa Laprovitera)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Arte para crianças

Oficina de arte da Artequattro encerra com visita à exposição Coleção Airton Queiroz, na Unifor, em Fortaleza. 

"Quando eu tinha 15 anos sabia desenhar como Rafael, mas precisei uma vida inteira para aprender a desenhar como as crianças." (Pablo Picasso)

Segundo a psicóloga e arteterapeuta Elusa Laprovitera, da Artequattro, “A expressão artística oportuniza a criança formatar seus conteúdos internos, possibilitando a simbolização de suas percepções do mundo, quando não consegue expressar-se por linguagem verbal ou escrita. A arte é uma ponte que permite facilitar o processo de aprendizagem, tornando-o prazeroso e produtivo, pois propicia ao indivíduo a experiência e a transformação, estimulando a criação e o desenvolvimento das suas potencialidades.”

(Foto: Rogério Lima / Baladain)

Olho do artista



Em desejos, o olho do artista pulsa, avista sonhos e singra em sentimentos. 

(Fotos: Igo Enomoto)

terça-feira, 19 de julho de 2016

Mercado de Ferro


Fortaleza, 1909. As reformas na cidade e os prédios públicos inspiravam-se nos franceses. O Mercado de Ferro (Mercado Público), tido como o mais belo e confortável da América do Sul, foi projetado e construído na França. 

Dividido em três, a partir de 1938, foram instituídos o Mercado Central, Mercado do Pinhões e o Mercado da Aerolândia.

(Foto: Acervo Totonho Laprovitera)

segunda-feira, 18 de julho de 2016

O Violonista


Versando a série Músicos, Totonho Laprovitera desenha O Violonista ao som do pout-pourri Lambada Complicada (Aldo Sena) / Purple Haze (Jimi Hendrix), interpretado por Mimi Rocha. Gravado em Fortaleza-CE, em Maio de 2016.

domingo, 17 de julho de 2016

Arte do bem

Ascal, Aldemir Martins e Totonho Laprovitera pintando um dos painéis.

No final da década de 1990, um grupo de artistas se reuniu e pintou três painéis. O primeiro, por encomenda, para a Assembleia Legislativa do Ceará, o segundo para a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e o terceiro para a Associação dos Deficientes Físicos do Ceará (do saudoso Davi), foram doados para as respectivas instituições. 

Todos os painéis foram pintados na Galeria Paleta, do artista e produtor Tota, que tem a mania de promover o bem através das artes. No da Assembleia, recordo, Aldemir Martins estava em Fortaleza e decidiu participar da ação que, por decisão unânime dos artistas, o valor da venda do painel foi inteiramente destinado para a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. 

Orgulho-me de ter participado dessas pinturas em parceria com grandes artistas, dentre eles, Aldemir, Fagner, Ascal, Antunys, Fernando França... 

(Foto: Acervo Totonho Laprovitera)

Sobre Física Quântica

Niels Bohr.

Derramado na minha velha rede, balançando-me com o pé na parede, matutei sobre a impressão de vivermos num planeta plano, o que não procede, é claro, pois a Terra é arredondada, de formato esferoide.

Aí, a propósito de Física Quântica – dita como "não intuitiva" –, lembrei do seu surgimento com o desígnio de explicar a natureza com o que ela tem de menor, quer dizer, com os elementos básicos da matéria e tudo que possua um tamanho igual ou menor. 

Sobre os preceitos e leis fundamentais achados por meio dela, como a Dualidade Onda-Partícula e o Princípio da Incerteza, viajei na compreensão da relação das leis que regem o universo com o nosso dia-a-dia. 

Pois é, como disse o físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), de quem os trabalhos foram decisivos para a compreensão da Estrutura Atômica e da Física Quântica, "Qualquer um que não se choque com a Mecânica Quântica é porque não a entendeu."

sábado, 16 de julho de 2016

Mamãe

Marluce Laprovitera Teixeira (1926-2004).

Hoje mamãe estaria completando 90 anos. 

Marluce, mulher que me é mãe e pai, sempre exemplo maior de referência para as tantas gerações que eu tiver a oportunidade de conhecer, conviver, ou mesmo, me fazer ler, ver, ouvir e sentir.

A ti, mamãe, o meu amor infinito e eterno!

Teu filho, Francisco Antonio, Toinho ou Totonho.

Parece que foi ontem


Marluce Laprovitera (minha mãe) com a prima Marieta De Francesco, em 1934.

(Foto: Acervo Totonho Laprovitera)

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Colégio São João

Vista do Colégio São João, pela Av. Santos Dumont, no Bairro Aldeota.

Tendo como patrono e diretor o professor Odilon Braveza, que dirigiu a instituição por várias décadas, o Colégio São João foi referência de modelo educacional na cidade de Fortaleza até seu fechamento, nos anos 1990.

(Foto: Acervo Blog do Laprovitera)

quinta-feira, 14 de julho de 2016

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Mário Gomes, o poeta da praça


Esse poema ganhou o primeiro lugar no Festival de Poesia Cearense, de 1981.

Integrante da paisagem cultural de Fortaleza, Mario Ferreira Gomes (1947) se descobriu poeta aos 18 anos.Tendo como lema a liberdade, é autor de 8 livros e tem, pelo menos, duas biografias editadas.

terça-feira, 12 de julho de 2016

VII Prêmio IAB Gentileza Urbana


VII Prêmio IAB Gentileza Urbana, dia 25.07! 
‪#‎indiqueumagentileza‬ até 15.07! 
www.iabce.org.br

Ivens Dias Branco


Na preciosidade do presente recebido, a certeza de uma leitura repleta de aprendizados.

(Foto: Acervo Totonho Laprovitera)

Uma cerveja, um quindim e a conta

Eu e Lúcia.

Em Orós, na Ilha do Sol, revendo a minha amiga Lúcia, que não nos víamos há uns dez anos, lembrei. 

Quando ela tinha uma lanchonete na Praça Anastácio Maia, toda vez que eu chegava na cidade, o saudoso Wiron me levava até lá e, avexado que só, fazia o mesmo pedido: “Lucinha, uma cerveja, um quindim e a conta!” 

Pensando bem, assim foi a rapidez da vida de Wiron entre a gente.

(Foto: Eliseu Batista Filho)